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Vida na selva


Bem distante em algum lugar, solitário, como o menino da selva, vivendo como criança que brinca de esconde-esconde, buscando compreender  o tempo e a estação, enquanto na correria da floresta de pedras as regras são ditadas vivo eu. Como um macaco que de galho em galho leva a vida, assim é a minha vida na selva. Vivendo em um espaço aberto seguindo ritmos produzidos pelos nativos, ritmos que me conduzem a algum lugar, ou a lugar nenhum. O brilho ardente de uma olhar capturado e gravado com perfeita impressão. A lembrança distante. Distante por causa da geografia. Distante pelas décadas que separam. Ainda assim, a lembrança faz  um fogo romper como um sinal. Fico pensando: a mensagem chegou ao destino? Ela alcançou o objetivo? Não tenho a resposta. Essa é a vida na selva.  A vida na selva de pedras não é como a selva do menino lobo. É diferente da simplicidade e sossego que o menino Tarzan tinha na sua selva. Viver na selva é gritar sem ser ouvido, e se equilibrar entre um cipó e outro.  

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