Bem distante em algum lugar, solitário,
como o menino da selva, vivendo como criança que brinca de esconde-esconde, buscando compreender o tempo e a estação, enquanto na correria da floresta
de pedras as regras são ditadas vivo eu. Como um macaco que de galho em galho leva a vida, assim é a minha vida na selva. Vivendo em um espaço
aberto seguindo ritmos produzidos pelos nativos, ritmos que me conduzem a algum lugar,
ou a lugar nenhum. O brilho ardente de uma olhar capturado e gravado com perfeita impressão. A lembrança distante. Distante por causa da geografia. Distante pelas décadas que separam. Ainda assim, a lembrança faz um fogo romper como um sinal.
Fico pensando: a mensagem chegou ao destino? Ela alcançou o objetivo? Não tenho a resposta. Essa é a vida na selva. A vida
na selva de pedras não é como a selva do menino lobo. É diferente da simplicidade e sossego que o menino Tarzan tinha
na sua selva. Viver na selva é gritar sem ser ouvido, e se equilibrar entre um cipó e outro.
Não diga isso, eu não quero ir. Não. É tão frustrante sair sem explicar. Não importa as razões. Ao passar pela porta, ela ficará para traz, ficará entre nós. Não será uma travessia fácil (para mim não será mesmo). Talvez não haja volta. Você acha que eu vou morrer? E se eu me perder, e se a morte aparecer? Ein? Se eu morrer? Se ... se. Desculpe, estou sem noção. Estou chorando, as lágrimas caem sem parar, como chuva contínua entre os soluços. Estou inconsolável. Eu posso sentir sua simpatia, vejo pena nos seus olhos. O que vou dizer? Estou como um louco, um andarilho errante em busca de um lugar para aquietar sua alma perturbada, em busca de resposta. Fico pensando se seria culpado? Se é punição que mereço? Se sou tão culpado assim? Diga você que é a razão personificada. Vai brigar pelo amor? Vai brigar pelo amar? Perguntas são sempre fáceis Respostas por vezes são difíceis. Sinto muito, sinto mesmo. Que posso dizer? O que posso fazer? Gostaria de saber. Carrego as marcas d...
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