Caminhando pelas ruas da cidade me encanto com as paisagens que encontro entre casas e prédios.
A natureza prodigiosa permite ser bela entre as invenções das mãos humanas, gramados,
flores, árvores. Pássaros, borboletas, voando, cantando, colorindo presenteando
olhos, ouvidos. Um dia desses não resisti ao colher uma flor, aquela flor. Ao ver aquela
beleza singular, não me contive, não resisti. Ao colher instintivamente a
cheirei e em um mergulho numa fração de segundos viajei àquele dia. Único dia, dia
único, que foi e será. Aquela flor símbolo da ingenuidade, da pureza de alguém
que acreditava no amor. Que sonhava com aqueles contos dos filmes, onde o
final era feliz, onde tudo seria superado no fim com o triunfo. A paisagem linda
daquela manhã fresca, com uma leve brisa, ficou embaçada pelo marejar dos olhos
que olhava para o nada, mas, revendo tudo. O rosto molhado, mesmo com o frescor
do dia. Queria poder acordar lembrando do sonho. Não posso. Não é sonho é
real. Hoje vivo o enredo sem o final dos filmes. Vivo novos capítulos caminhando,
contemplando (as vezes chorando) a natureza, cujo beleza se transforma. Sua beleza continua incrível.
Não canso de te ver, de olhar para você. Toda manhã, com sol, ou sem ele, com orvalho
ou sem ele. Não me canso de pensar em você e te contemplar.
Sobre a morte de quem amamos o que mantém a fé da gente são todas as lembranças dos momentos que tivemos a oportunidade de viver junto com quem atravessou para o outro lado do caminho. Sobre a frase o outro lado do caminho é bem mais fácil falar quando não perdemos quem amamos, depois essa frase não faz muito sentido. Sobre a morte devemos pensar que recebemos pessoas que de certa forma não fazia mais parte de nossa vida, e sem mais nem menos a vida nos blinda com uma situação que demostra nossa importância na vida do outro. Deixar alguém que se importa com a gente estando ele vivendo é dar a essa pessoa estatus de morte.

Comentários
Postar um comentário