Desculpa. É tudo o que eu posso dizer hoje. Não consigo dizer
outra coisa. Por mais que eu tente, que eu procure, não encontro palavras,
elas somem. Simplesmente não existem. Os anos passaram e mesmo assim, as
palavras não vem tão facilmente. Perdoe-me. É tudo o que eu gostaria de
dizer. Os anos passaram e mesmo assim as palavras não vem tão
facilmente. Perdoe-me. Talvez se eu tivesse dito as palavras certas,
na hora certa. Talvez se eu, talvez...
Não diga isso, eu não quero ir. Não. É tão frustrante sair sem explicar. Não importa as razões. Ao passar pela porta, ela ficará para traz, ficará entre nós. Não será uma travessia fácil (para mim não será mesmo). Talvez não haja volta. Você acha que eu vou morrer? E se eu me perder, e se a morte aparecer? Ein? Se eu morrer? Se ... se. Desculpe, estou sem noção. Estou chorando, as lágrimas caem sem parar, como chuva contínua entre os soluços. Estou inconsolável. Eu posso sentir sua simpatia, vejo pena nos seus olhos. O que vou dizer? Estou como um louco, um andarilho errante em busca de um lugar para aquietar sua alma perturbada, em busca de resposta. Fico pensando se seria culpado? Se é punição que mereço? Se sou tão culpado assim? Diga você que é a razão personificada. Vai brigar pelo amor? Vai brigar pelo amar? Perguntas são sempre fáceis Respostas por vezes são difíceis. Sinto muito, sinto mesmo. Que posso dizer? O que posso fazer? Gostaria de saber. Carrego as marcas d...
Comentários
Postar um comentário