Aprendi há muito tempo a viver só, falar sozinho,
confidenciar meus dilemas ao vento. Caminhar por horas sem ter a companhia de alguém. O motivo é que as pessoas, geralmente pensam em si, em seus problemas,
aí já viu né? Me lembro ainda, que quando era muito jovem, das primeiras
decepções, frustrações, as desilusões. Marcas que o tempo não apagou, apenas
cicatrizou, desde então vivo só. A companhia não depende da presença do
conjunge, dos filhos, a solidão está relacionada a amigos, pessoas especiais,
que saíram de nossas vidas, por encontrar em outros o que precisam, já que não
precisam de nós, sem considerar que precisamos delas. Viver só é um estado,
não importa o quão cercado estás de pessoas se está. Viver só, é viver sem
aqueles que gostaria de ter ao seu lado. Caminhar sozinho, Viver sozinho,
contar segredos ao vento.
Sobre a morte de quem amamos o que mantém a fé da gente são todas as lembranças dos momentos que tivemos a oportunidade de viver junto com quem atravessou para o outro lado do caminho. Sobre a frase o outro lado do caminho é bem mais fácil falar quando não perdemos quem amamos, depois essa frase não faz muito sentido. Sobre a morte devemos pensar que recebemos pessoas que de certa forma não fazia mais parte de nossa vida, e sem mais nem menos a vida nos blinda com uma situação que demostra nossa importância na vida do outro. Deixar alguém que se importa com a gente estando ele vivendo é dar a essa pessoa estatus de morte.

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