Existem surpresas que nos deixam sem chão, sem folego, sem reação. Ficamos admirados pelo acontecimento inesperado. Elas são assim para o bem, ou para o mal. Boas ou ruins as surpresas mexem com as pessoas. Nos últimos meses minha vida fora marcada por muitas surpresas. Algumas delas muito ruins. E outras muito boas. No fim do ano de 2020 (pela insistência de meu filho Natan) me inscrevi no programa de mestrado na Universidade do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Aqui começa, começam as surpresas. Geralmente as pessoas demoram dois ou três anos para conseguir ser aprovado no programa de mestrado. A concorrência na maioria das vezes é grande e qualificada, os projetos são de excelência. Passei, pela primeira fase, passei pela segunda fase, passei por todas as fases até chegar na entrevista, a tão temida banca. Resultado - fui aprovado! Uma grande surpresa. Surpresa que se seguiu. Meu filho Natan se inscreveu em três programas de mestrado e passou nos três (isso não foi surpresa por causa da sua competência) a surpresa está no programa que ele escolheu. Isso mesmo! Ele escolheu o mestrado em ensino. Isso quer dizer que meu filho e eu faremos mestrado juntos, na mesma universidade no mesmo programa. Aos cinquenta anos de idade vou começar o mestrado. Isso mostra que na vida perdemos e na vida ganhamos. Por isso precisamos digerir as surpresas ruins e aproveitar as pequenas e boas surpresas da vida.
Sobre a morte de quem amamos o que mantém a fé da gente são todas as lembranças dos momentos que tivemos a oportunidade de viver junto com quem atravessou para o outro lado do caminho. Sobre a frase o outro lado do caminho é bem mais fácil falar quando não perdemos quem amamos, depois essa frase não faz muito sentido. Sobre a morte devemos pensar que recebemos pessoas que de certa forma não fazia mais parte de nossa vida, e sem mais nem menos a vida nos blinda com uma situação que demostra nossa importância na vida do outro. Deixar alguém que se importa com a gente estando ele vivendo é dar a essa pessoa estatus de morte.

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