Os Simbolo do Cristianismo na História
Todas as religiões e
ideologias têm seu símbolo visual, que exemplifica um aspecto importante de
sua história ou crenças. O judaísmo antigo, com medo de quebrar o segundo
mandamento, que proíbe a fabricação de imagens, evitava sinais e símbolos
visuais. O judaísmo moderno, porém, emprega o assim chamado Escudo ou Estrela
de Davi, um hexagrama formado pela combinação de dois triângulos equiláteros. O
Escudo fala da aliança de Deus com Davi de que o trono deste seria estabelecido
para sempre e que o Messias viria da sua descendência. O Cristianismo,
portanto, não é exceção quanto a possuir um símbolo visual. Todavia, a cruz não foi o primeiro. Por
causa das selvagens acusações dirigidas contra os cristãos, e da perseguição a
que estes foram submetidos, eles tiveram de "ser muito circunspectos e
evitar ostentar sua fé. Assim a cruz, agora símbolo universal do Cristianismo,
a princípio foi evitada, não somente por causa da sua associação direta com
Cristo, mas, também em virtude de sua associação vergonhosa com a execução de
um criminoso comum". De modo que nas paredes e tetos das catacumbas
(sepulcros subterrâneos na periferia de Roma, onde os cristãos perseguidos
provavelmente se esconderam), os primeiros motivos cristãos parecem ter sido ou
pinturas evasivas de um pavão (que se dizia simbolizar a imortalidade), uma
pomba, o louro dos atletas ou, em particular, de um peixe. Somente os iniciados
saberiam, e ninguém mais poderia adivinhar que ichthys ("peixe") era o acrônimo de Iesus Christos
Theou Huios Soter ("Jesus Cristo Filho de Deus Salvador"). Mas o
peixe não permaneceu como símbolo cristão, sem dúvida porque a associação entre
Jesus e o peixe era meramente acronímica (uma disposição fortuita de letras) e
não possuía nenhuma importância visual. Um emblema cristão
universalmente aceito teria, obviamente, de falar a respeito de Jesus Cristo,
mas as possibilidades eram enormes. Os cristãos podiam ter escolhido a
manjedoura em que o menino Jesus foi colocado, ou o banco de carpinteiro em que
ele trabalhou durante sua juventude em Nazaré, dignificando o trabalho manual,
ou o barco do qual ele ensinava as multidões na Galiléia, ou a toalha que ele
usou ao lavar os pés dos apóstolos, a qual teria falado de seu espírito de humilde serviço.
Também, havia a pedra que, tendo sido removida da entrada do túmulo de José,
teria proclamado a ressurreição. Outras possibilidades eram o trono, símbolo de
soberania divina, o qual João, em sua visão, viu que Jesus partilhava, ou a
pomba, símbolo do Espírito Santo enviado do céu no dia do Pentecoste. Qualquer destes sete símbolos teria sido apropriado para indicar um aspecto do
ministério do Senhor. Mas, pelo contrário, o símbolo escolhido foi uma simples
cruz. Seus dois braços já simbolizavam, desde a remota antiguidade, os eixos
entre o céu e a terra. Mas, a escolha dos cristãos possuía uma explicação mais
específica. Desejavam comemorar, como centro da compreensão que tinham de
Jesus, não o seu nascimento nem a sua juventude, nem o seu ensino nem o seu
serviço, nem a sua ressurreição nem o seu reino, nem a sua dádiva do Espírito,
mas a sua morte e a sua crucificação.(imagem http://antoniogilberto.blogspot.com.br/2011/09/cruz-de-cristo-e-suas-dimensoes.html)
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