Hoje estou bem perto, apenas alguns minutos me separam do lugar que me viu crescer, me viu iniciar minha vida. Embora esteja tão perto sei que a distância é maior que imagino. Tenho consciência de que mesmo sendo o mesmo lugar, já não tem os mesmos significados. Não encontrarei as mesmas pessoas. Se ainda encontrasse as mesmas pessoas, na verdade elas estariam diferentes de quando as conheci. Bem perto, mas tão longe é uma realidade. A distância entre onde estou agora é onde estive há trinta anos trinta minutos de carro elimina a distância, mas não elimina minhas escolhas e suas consequências. Que as palavras diminuam a distância entre o ontem do passado e o hoje da lembrança.
Não diga isso, eu não quero ir. Não. É tão frustrante sair sem explicar. Não importa as razões. Ao passar pela porta, ela ficará para traz, ficará entre nós. Não será uma travessia fácil (para mim não será mesmo). Talvez não haja volta. Você acha que eu vou morrer? E se eu me perder, e se a morte aparecer? Ein? Se eu morrer? Se ... se. Desculpe, estou sem noção. Estou chorando, as lágrimas caem sem parar, como chuva contínua entre os soluços. Estou inconsolável. Eu posso sentir sua simpatia, vejo pena nos seus olhos. O que vou dizer? Estou como um louco, um andarilho errante em busca de um lugar para aquietar sua alma perturbada, em busca de resposta. Fico pensando se seria culpado? Se é punição que mereço? Se sou tão culpado assim? Diga você que é a razão personificada. Vai brigar pelo amor? Vai brigar pelo amar? Perguntas são sempre fáceis Respostas por vezes são difíceis. Sinto muito, sinto mesmo. Que posso dizer? O que posso fazer? Gostaria de saber. Carrego as marcas d...
uau....
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