Rio doce, doce rio.

Ah! O rio doce, ou, paraopeba, ou, outro rio. Não sei se vale, se vale a pena escrever, expressar, externar. Só sei que... que a imagem é trágica, não é doce. O desespero real, as pessoas também são reais. A culpa. De quem é a culpa? Sempre procuramos culpados. O atual governo, o antigo governo? Foi acidente, não foi acidente? Vale, vale saber? E o doce do rio, lama, lama no rio doce. Luto, não de lutar, luto por vidas perdidas, não é luto por salvar. Mariana, Brumadinho. O Brasil chora, ora, clama aos céus por vocês. Hoje, quando olhamos para os céus esperando a mão divina, é porque as mãos humanas fraquejaram. Será que a riqueza vale isso? Doce, rio doce, paraopeba, ou outro rio. Mas, uma vez choramos ao ver sua água nada doce, com os olhos marejados de lágrimas vemos suas águas enlameadas. Irmãos mineiros com sua simpatia peculiar merecem viver em paz, usando e abusando de suas correntes perenes. Viver bem é o que vale, o que vale é o rio doce, paraopeba, ou qualquer outro. Viver bem é o que vale, o que vale é o rio doce, paraopeba, ou qualquer outro rio, por onde passar levar vida.