Ele era Conhecido como Tino. O tempo não apaga as impressões deixadas por ele intencionalmente em minha vida. Quando aquele que foi responsável pela minha existência, sobrevivência, exatamente, aquele que ofereceu o necessário para me tornar adulto que sou. Então, hoje faz exatos vinte a quatro anos que ele me deixou. O dia que o choro inundou minha alma, pela espada cruel me atravessando ao som da voz vinda do outro lado da linha telefônica. Sem querer, foi tirado de nós, por um maldito homem. Meu pai foi embora deixando nos amigos saudades, nos parentes um aperto no peito, em nós, aqueles que faziam parte de seu ninho, sua cria, um vazio sem tamanho. Em mim, uma falta inominável. Hoje é a data da morte do Sr Sebastião, o Tino. Meu Coração está doendo. Mesmos os desafios diários (que não são poucos), podem apagar está lembrança. O amor, a proteção, o jeito marrento de ser, aquele jeito brincalhão. Amor pelo meu pai. Saudade de meu pai. Esse menino sou eu aos cinco anos. Fã de meu daquele pequeno gigante homem.
Sobre a morte de quem amamos o que mantém a fé da gente são todas as lembranças dos momentos que tivemos a oportunidade de viver junto com quem atravessou para o outro lado do caminho. Sobre a frase o outro lado do caminho é bem mais fácil falar quando não perdemos quem amamos, depois essa frase não faz muito sentido. Sobre a morte devemos pensar que recebemos pessoas que de certa forma não fazia mais parte de nossa vida, e sem mais nem menos a vida nos blinda com uma situação que demostra nossa importância na vida do outro. Deixar alguém que se importa com a gente estando ele vivendo é dar a essa pessoa estatus de morte.

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