Os saudosistas vivem com o olho no passado, não lamentando, ou chorando, simplesmente curtindo as lembranças. É verdade que nem todas as lembranças são boas, mas, mesmos essas nos ensinam ainda hoje. Por exemplo um projeto que você tinha, e dava os primeiros passos para conquistar. Aí por um lapso de lembrança percebe que aquele passo te fez chegar onde está hoje. Eu sou um saudosista assumido. Lembro dos amigos, dos lugares, da paixão juvenil. Aquele amor, a rosa, o olhar, a ida sem despedida. Voltar agora, apenas ao lugar, no momento nunca mais. Como disse o filósofo, nem as águas que passam debaixo daquela ponte não é mais a mesma, nem mesmo eu sou o mesmo. Chorão sempre fui, não me envergonho disso, é uma forma de aliviar a alma, limpar o coração.
Não diga isso, eu não quero ir. Não. É tão frustrante sair sem explicar. Não importa as razões. Ao passar pela porta, ela ficará para traz, ficará entre nós. Não será uma travessia fácil (para mim não será mesmo). Talvez não haja volta. Você acha que eu vou morrer? E se eu me perder, e se a morte aparecer? Ein? Se eu morrer? Se ... se. Desculpe, estou sem noção. Estou chorando, as lágrimas caem sem parar, como chuva contínua entre os soluços. Estou inconsolável. Eu posso sentir sua simpatia, vejo pena nos seus olhos. O que vou dizer? Estou como um louco, um andarilho errante em busca de um lugar para aquietar sua alma perturbada, em busca de resposta. Fico pensando se seria culpado? Se é punição que mereço? Se sou tão culpado assim? Diga você que é a razão personificada. Vai brigar pelo amor? Vai brigar pelo amar? Perguntas são sempre fáceis Respostas por vezes são difíceis. Sinto muito, sinto mesmo. Que posso dizer? O que posso fazer? Gostaria de saber. Carrego as marcas d...
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