Mudanças de vida, eis o desafio proposto, e esperado pelos espectadores. No palco da vida rodeados por pessoas que esperam por nós e de nós, e esperam o melhor, na verdade o que sempre desejam no fundo é a perfeição em nós. Como é triste a realidade, por saber que decepcionar as pessoas com as limitações é o caminho natural da minha história. A falibilidade é companhia diária de um mortal como eu. Mesmo um herói como o estadunidense Superman, tinha sua limitação diante da kriptonita, sua fragilidade e temor. A perfeição é um sonho de consumo. Para ter e atingir a perfeição teríamos que fazer reparos pontuais em nossa personalidade. Detalhes pequenos, gestos, aqueles quase imperceptíveis, teríamos de ser transformados. Para deixar-nos perfeitos ou hábeis nos relacionamentos, seria necessário passarmos por especialistas em perfeição humana, com capacidade de fazer esses reparos. Todavia, não existem esses especialistas. A graça não está no viver a compreensão dos pontos fortes e fracos das pessoas que admiramos? Tenho o desejo de agradar meus queridos, mas sei que fica apenas na vontade. Sou limitado demais para suprir suas expectativas. Isso é impossível, pois as expectativas deles, são elevadas para minha capacidade. Sempre os chatearei, e viverei chateado por isso. Estou sendo realista, os detalhes são os pontos nevrálgicos da personalidade humana, neles residem a necessidade de mudar e neles estão as dificuldades para essas mudanças. Quero viver a graça da compreensão, da aceitação, do aplauso, e das vaias necessárias. Quero viver os desafios e quero sonhar com as mudanças.
Sobre a morte de quem amamos o que mantém a fé da gente são todas as lembranças dos momentos que tivemos a oportunidade de viver junto com quem atravessou para o outro lado do caminho. Sobre a frase o outro lado do caminho é bem mais fácil falar quando não perdemos quem amamos, depois essa frase não faz muito sentido. Sobre a morte devemos pensar que recebemos pessoas que de certa forma não fazia mais parte de nossa vida, e sem mais nem menos a vida nos blinda com uma situação que demostra nossa importância na vida do outro. Deixar alguém que se importa com a gente estando ele vivendo é dar a essa pessoa estatus de morte.

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