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Correndo atrás do vento


Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas, nunca se sentirá em paz e feliz com seus rendimentos. Certamente, isso também é ilusão, vaidade. Onde aumentam os bens, aumenta o número daqueles que os devoram; que vantagem trazem os bens ao seu proprietário, senão dar um pouco de alegria aos seus olhos? Coma muito ou coma pouco, o sono do trabalhador é gostoso; mas o rico farto nem ao menos consegue adormecer em paz. Há um mal terrível que observei debaixo do sol: riquezas que o dono avarento acumula para a sua própria desgraça! Basta um mau negócio, e tudo poderá se perder; se tiver um filho, este ficará de mãos vazias. O ser humano sai nu do ventre de sua mãe; assim como vem ao mundo, assim parte deste. De todo o trabalho em que se extenuou nada poderá levar consigo! Mas há ainda outro mal doloroso: concluir ao final da vida que simplesmente correu atrás do vento; do mesmo modo como veio; assim vai. Consome todos os seus dias perambulando nas trevas, sofrendo grandes desapontamentos, doenças e amarguras. E, na experiência da vida, descobre que o melhor e o que mais vale a pena é: comer, beber, e desfrutar o resultado de todo trabalho realizado debaixo do sol durante os poucos anos que Deus lhe concede, porquanto esta é a sua porção e recompensa. Todo homem a quem Deus concede riquezas e recursos que o tornam capaz de sustentar-se, de receber a sua porção e desfrutar das recompensas do seu trabalho, isso é presente de Deus. Esta pessoa não ficará refletindo sobre os dias que se passaram, pois Deus o mantém ocupado desfrutando as alegrias do seu coração! 
Eclesiastes 5:10-20 (King James)


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