Durante o tempo que vivemos, a
partir da nossa noção de individuo, vale aqui usar a expressão “desde quando me entendo por gente”, somos cercados por muitas pessoas e muitas delas passaram
desapercebidas, sem nenhuma importância para nós, sem deixar marca ou impressão
em nossas lembranças. Todavia, existiram aquelas que fizeram parte de nosso
mundo interior, e que sentimos falta, sentimos saudades, gostaríamos de
reencontrar para ver como está, conversar demoradamente, saber tudo a respeito.
Porém, há pessoas que foram mais do que especiais, elas entraram não apenas no
coração, permearam nosso ser, tiveram o poder de fazer parte de nós. Aquela que
por causa dela mudamos o modo de vestir, o jeito de falar, a maneira de andar. Nosso
amanhecer era esperado e a anoitecer desejado só para ouvir a voz, ver, nem se
fosse apenas de longe, de uma janela. Pessoas que modelaram nossa personalidade.
Que vivem em nós, sem nos importar. Que ocupa a melhor parte de nós. Entretanto,
a vida seguiu outro rumo e o “destino”, separou essas pessoas. Os desencontros se
seguiram, as pontes de ligação foram sendo quebradas, as notícias, as
informações sobre cada um ficaram raras. Ironia do destino ou não, coincidência
ou não, por ação, esforço de uma das partes, ou de ambas, com a ajuda de um elo
o desencontro perdeu sua força e foi vencido. Deu se o reencontro. Reencontros,
eles são estranhos. Porquê? Pelo fato de ser diferente do que imaginávamos, que fosse.
Pelo fato de colocar diante de si duas pessoas que outrora eram próximas,
intimas, com ideais parecidos, que agora, são dois estranhos. Conversam escolhendo
as palavras. Com medo de se abrir, de confiar de compartilhar as emoções outrora
tão vivas. Seguiram rumos diferentes, fizeram
amigos que não seriam seus. Reencontros, por que eles existem? A maioria deles
são forçados por um dos dois, por ambos. Desejaram, buscando saber, tentando
ligar as pontes quebradas. Eles, os reencontros, devem ser tratados com carinho
especial. Bons frutos podem e devem ser colhidos deles. Precisamos ter cuidado
para não ferir e não ser ferido. Nos reencontros pontes são ligadas com nosso
passado, manter aquela imagem após o reencontro é um privilégio.
Não diga isso, eu não quero ir. Não. É tão frustrante sair sem explicar. Não importa as razões. Ao passar pela porta, ela ficará para traz, ficará entre nós. Não será uma travessia fácil (para mim não será mesmo). Talvez não haja volta. Você acha que eu vou morrer? E se eu me perder, e se a morte aparecer? Ein? Se eu morrer? Se ... se. Desculpe, estou sem noção. Estou chorando, as lágrimas caem sem parar, como chuva contínua entre os soluços. Estou inconsolável. Eu posso sentir sua simpatia, vejo pena nos seus olhos. O que vou dizer? Estou como um louco, um andarilho errante em busca de um lugar para aquietar sua alma perturbada, em busca de resposta. Fico pensando se seria culpado? Se é punição que mereço? Se sou tão culpado assim? Diga você que é a razão personificada. Vai brigar pelo amor? Vai brigar pelo amar? Perguntas são sempre fáceis Respostas por vezes são difíceis. Sinto muito, sinto mesmo. Que posso dizer? O que posso fazer? Gostaria de saber. Carrego as marcas d...
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