Em tempos difíceis as pessoas que se mantem equilibradas podem ser chamadas de fortes, o normal hoje, parece ser o desiquilíbrio a estafa e exaustão. O humor anda de mal a pior, parece até um hipertenso que precisa ser medicado para manter o controle, a normalidade. Normalidade que não é normalidade pelo cuidado que se deve ter. Cada amanhecer parece um gigante a ser vencido. Cada tarefa uma tonelada sobre os ombros. Os fantasmas da atualidade tal qual assombração perturbam, tiram a paz e o sossego, roubam o sono e a tranquilidade da alma. Levando a paz de espirito. Entre a cicuta e o pudim muitos tem preferido a cicuta, entre a vida e a morte muitos tem preferido a morte. Talvez não a morte socrática, mas, o morrer lentamente. Aterrorizados pela perseguição, aturdidos pelo espantos noturnos, paralisados diante das setas que voam de dia, sucumbidos perante as pestes que se propagam na escuridão. Eu, eu sempre preferi o pudim. Inexplicavelmente a cicuta me persegue. Insistentemente segue nossos passos, nos seduz, nos ludibria, quer nos levar para seu destino. Oh como é doce o pudim. Prefiro sua companhia, eu quero sua doçura, sua brandura, sua ternura. Não a cicuta, mil vezes não.
Não diga isso, eu não quero ir. Não. É tão frustrante sair sem explicar. Não importa as razões. Ao passar pela porta, ela ficará para traz, ficará entre nós. Não será uma travessia fácil (para mim não será mesmo). Talvez não haja volta. Você acha que eu vou morrer? E se eu me perder, e se a morte aparecer? Ein? Se eu morrer? Se ... se. Desculpe, estou sem noção. Estou chorando, as lágrimas caem sem parar, como chuva contínua entre os soluços. Estou inconsolável. Eu posso sentir sua simpatia, vejo pena nos seus olhos. O que vou dizer? Estou como um louco, um andarilho errante em busca de um lugar para aquietar sua alma perturbada, em busca de resposta. Fico pensando se seria culpado? Se é punição que mereço? Se sou tão culpado assim? Diga você que é a razão personificada. Vai brigar pelo amor? Vai brigar pelo amar? Perguntas são sempre fáceis Respostas por vezes são difíceis. Sinto muito, sinto mesmo. Que posso dizer? O que posso fazer? Gostaria de saber. Carrego as marcas d...
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