Um dia chuvoso, janeiro, típico, verão tropical, assim começa a história de muitas pessoas. O tempo passa, e o que fica, se fica, são as recordações. Recordações gravadas em retratos, muitos desses em preto e branco. Quando fuçamos em nossos baús lembramos de pessoas que ficaram em algum lugar de nossa memoria. Como se fosse ontem...como se fosse ontem. Quando foi mesmo, foi em 1987, 1988. O que? Parece que foi ontem. O que perdi, o que não percebi? Na verdade o tempo passou em uma velocidade incrível. Deveríamos ter acompanhado e aproveitado ao máximo. Aproveitar a beleza impar de cada dia, curtido sua exclusividade, suas surpresas. Lembra daquela rosa, daquela música, daquela declaração, e do abraço? Então, viu só? Um dia não é igual ao outro. E naquela noite, e aquela outra? Aquele domingo mágico (ele foi mágico não foi?), nunca existiu, e nunca existirá outro igual. Sabe o motivo? Ele foi feito para aquele momento. Nossa! As noites elas são sensacionais, maravilhosas. A sabedoria da noite de ontem é transmitida para a noite de hoje, mas, não são as mesmas, cada noite tem sua escuridão, suas constelações, sua forma não se repete. Sabe aquele janeiro, tipico, verão tropical, chuvoso? Então, ele é característico, até pode me fazer lembrar o cheiro das relvas, das rosas, o som do cantar dos pássaros, mas não, não é o mesmo. Como se fosse ontem, mas, não é. Hoje deve ser visto não em imagens de um baú, e sim vivido com intensidade cada amanhecer, entardecer, anoitecer, não perder nada.
Não diga isso, eu não quero ir. Não. É tão frustrante sair sem explicar. Não importa as razões. Ao passar pela porta, ela ficará para traz, ficará entre nós. Não será uma travessia fácil (para mim não será mesmo). Talvez não haja volta. Você acha que eu vou morrer? E se eu me perder, e se a morte aparecer? Ein? Se eu morrer? Se ... se. Desculpe, estou sem noção. Estou chorando, as lágrimas caem sem parar, como chuva contínua entre os soluços. Estou inconsolável. Eu posso sentir sua simpatia, vejo pena nos seus olhos. O que vou dizer? Estou como um louco, um andarilho errante em busca de um lugar para aquietar sua alma perturbada, em busca de resposta. Fico pensando se seria culpado? Se é punição que mereço? Se sou tão culpado assim? Diga você que é a razão personificada. Vai brigar pelo amor? Vai brigar pelo amar? Perguntas são sempre fáceis Respostas por vezes são difíceis. Sinto muito, sinto mesmo. Que posso dizer? O que posso fazer? Gostaria de saber. Carrego as marcas d...
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