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Como eu Conheci um Herói.

Vivemos a falta de grandes personalidades que valha a pena seguir pisadas, observando suas pegadas pelo caminho. Não muitos, ou quase nenhum que tem em suas vidas motivos para que abracemos seus projetos, sentimos essa falta por causa dos grandes nomes registrados na história da humanidade. Homens que marcaram a histórias com seus feitos e suas descobertas. Sentimos falta de heróis. Os heróis, eles sempre ocuparam e ocupam nosso imaginário. O imaginário humano sempre espera um grande herói, um grande salvador. Os heróis na mitologia grega, os heróis dos exércitos Romanos, os heróis hollywoodiano criados nos cinemas, esse são sempre combativos, com superpoderes, e na maioria das vezes invencíveis. Eu tenho um herói, mas, esse era desprovido de superpoderes. Ou talvez não, Uma vez estive com ele em uma viagem onde a chuva não permitiu que o ônibus que estávamos seguisse viagem, ele conseguiu nos levar ao destino. Entre o local que e o ônibus nos deixou e o destino final havia uma madrugada fria, ele providenciou um local para descanso e uma blusa para que eu me aquecesse, blusa essa que tinha um nome especial, “londrina”, no local do repouso apareceu um impostor, um truculento guarda dizendo é proibido deitar nesse banco, ele mais, que depressa disse é apenas um menino. Salvou-me outra vez, enquanto brincava com minhas irmãs, senti fortes dores abdominais e disse para elas, estou passando mal, estou passando mal, desmaiei isso mesmo, eu desmaiei. Quando acordei do desmaio estava sendo carregado no colo. Uau!!! Um herói de verdade me levava para ser cuidado. Quando não pode mais me levar nos braços, ele chamou de forma incrível um carro, aquele carro deve ter vindo por telepatia, só pode. Eu cresci e comecei a duvidar do poder daquele herói, estava parecendo um homem comum, eu até o vi  cair algumas vezes. Não acredita? Sim caiu no chão mais de uma vez eu tentei ajudar.  Uma vez eu o enfrentei de mano a mano, não, nós não nos esmurramos, mas, definitivamente naquele dia vi que estava longe de ser um super-homem. Afinal eu era até maior que ele já, mais alto. O relógio biológico não para, o tempo não para, a vida passa e com ela as marcas do tempo, e percebi com o passar do tempo que aquele homem nunca deixou de ser um herói, só que ele era comum, por isso não percebia. Suas ações heroicas para nós duraram 25 anos. Levantar todos os dias bem de madrugada, sair e a noite voltar para casa para suprir com cuidados uma família, prover durante 25 anos um teto para que uma família tivesse abrigo, e assim, a prole fosse perpetuada. Enfrentou oposição, inimizades, frio, chuva, sol, noite escuras. Noites traiçoeiras. Mas, eu descobri que ele era mesmo um homem poderoso daquele que vale a pena dizer em alto e bom som e ainda bater no peito e dizer: eu admiro esse cara ele é demais. Sabe quando eu descobri que ele era um Herói? Quando meu filho nasceu, ver aquele senhor, de 1.60 de alturas, carregando aquela criança em seu colo fazendo ele rememorar 22 anos antes, ver ele com meu filho no colo, no seu “tratormóvel”. Foi ali! Eu reconheci aquele cara sempre foi um herói sempre esteve em casa eu não percebi. Aprendi com isso que os heróis devem ser visto na vida comum não em epopeias aquele cara era e em minha lembrança sempre será um herói. Ele tombou, mas, deixou “sua capa de herói” estou usando aquela capa. 

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