O olhar naquela Rosa era âmbar, cor de mel.

Janelas importâncias e significados, janelas em prédios, casas, veículos, nas grandes e imponentes mansões ou mesmo na informalidade de uma humilde e simples casinha de madeira, uma pequena casa entre plantações. Pela janela de um carro é possível olhar pelo o retrovisor, ver longe o que ficou, assim, pelas janelas da Alma pode se ver no distante pretérito. A Alma tem suas Janelas. Os olhos são Janelas da alma. Os olhos sempre cantados tributados. Sim os olhos têm suas peculiaridades, sua beleza própria, são inconfundíveis, como diz a Canção, “São azuis, são azuis, Verdes, negros eu não sei, São castanhos aqueles olhos”? A canção é uma arte livre, o autor pode não saber a cor daqueles olhos, mas, o olhar naquela rosa era âmbar, cor de mel. Sim. Olhos cor de mel, brilhando, segurando com mãos trêmulas aquela rosa. Alma tem Janela por onde entram as emoções e armazenam as lembranças. Preferimos as melhores lembranças. Janela como a narina, que provocam lembranças. Lembranças vindas pelo cheiro, cheiro do perfume usado, cheiro do pomar de cítricos, cheiro das belas flores de um lindo e uniforme plantio de café com suas brancas flores, som das abelhas, em seu nobre trabalho o buscar do néctar com o fim de garantir o mel no inverno, o mel da cor daqueles olhos. A janela simples, abertura, como as aberturas do ouvido que, assim como os olhos é suficientemente perfeito para ver, ouvir os lentos passos de um belo e ondulante caminhar. Como no diálogo da Raposa e o Pequeno Príncipe, existem milhares iguais, mas, apenas uma tem o poder de cativar como a Rosa do principezinho, as imagens ficam armazenadas. Lembranças e desejos de um menino, lembranças e desejo de uma menina cujas vidas podem ser unidas em uma estrada ou separadas por uma estrada. Memória de um amor. Poxa, amor, o que é esse sentimento? Os gregos conheciam algumas palavras para se referir ao amor. Eros, Philos, e Ágape. Aquele amor, philos, um amor virtuoso e desapaixonado, amor relacionado à amizade e companheirismo. Despertou transformando se no amor eros, amor apaixonado, “o amor romântico”. Olhando pela janela da memória é possível ver e talvez não compreender, o amor metamorfoseando em Ágape, para o carinho, a afeição, a afinidade. O ágape é o mais forte dos sentimentos, ele tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.  1 Co 13:7.