Existem algumas expressões que são interessantes de ouvir,
mas que não tem nelas sentido nenhum para seu uso na linguagem formal. Uma dessas
expressões é “falar com o coração”. Como poderia se falar com o coração se o Coração
não tem boca, e nem pode se comunicar por sinais. Mas sempre usamos esta frase
para comunicar a forma de mostrar nossas emoções. Seria errado? Não, na verdade acredito que não
é certo nem errado, o que é errado é ignorar palavras e as formas de expressar
sentimentos, emoções e pensamentos. Mas, o coração, na poesia, na arte, na
filosofia no senso comum, exerce sempre papel especial. Ele ocupa o centro do
palco. As vezes como vilão, outrora como mocinho, na verdade ele sempre é o
ator principal. E o coração dói sem doer. Sofre e faz sofrer, ama por, e sem
querer. Prega peças, é enganador, a bíblia diz que ele é enganoso, maldito o
homem que nele confia, pois, pode ser traído por ele. Ah, Coração você, só você
para te entender, entender o seu jeito de ser. Desde a puerilidade, na puberdade,
não muda na juventude, e mesmo depois de adulto. Ah! Coração seu rebelde,
obstinado. Estará sempre do lado de quem oferece lagrimas aos pobres olhos, não
tem noção de que a alma chora em lugares escuros por causa de sua teimosia em ser rebelde você deviria te aquietar. Serás obstinado assim até quando parares de bater?
Sobre a morte de quem amamos o que mantém a fé da gente são todas as lembranças dos momentos que tivemos a oportunidade de viver junto com quem atravessou para o outro lado do caminho. Sobre a frase o outro lado do caminho é bem mais fácil falar quando não perdemos quem amamos, depois essa frase não faz muito sentido. Sobre a morte devemos pensar que recebemos pessoas que de certa forma não fazia mais parte de nossa vida, e sem mais nem menos a vida nos blinda com uma situação que demostra nossa importância na vida do outro. Deixar alguém que se importa com a gente estando ele vivendo é dar a essa pessoa estatus de morte.

Comentários
Postar um comentário